Os conflitos de gerações sempre geram desafios em vários aspectos da sociedade, e no mercado de trabalho do food service não seria diferente. A Geração Z (GenZ), nascida entre 1996 a 2010, tem dado seus primeiros passos no mercado de trabalho. Muito mais antenados com tecnologia e com opiniões fortes demais, o que tem se mostrado um desafio para os líderes.
Na quinta edição do FoodCo. Experience, a especialista em gestão de pessoas Claudia Claudia Malschitzky, realizou uma palestra falando sobre estratégias de liderança, contratação e permanência de funcionários no mercado food service, tendo como um dos focos, as novas gerações.
Prioridade na auto satisfação, não na estabilidade
Uma das principais diferenças da geração Z em relação às demais gerações no mercado de trabalho que Claudia trouxe para a discussão foi de que este público não está tão interessado em fazer longas carreiras dentro da mesma empresa, mas sim, encontrar prazer nas atividades exercidas.
A especialista em gestão de pessoas afirma que este público está desapegado com o mercado de trabalho. “Assim que para de fazer sentido, eles saem e buscam outro emprego”. Por conta disso, ela aconselha aos empresários a não pensar nas contratações como de longo prazo.
Benefícios como diferencial competitivo
Outra diferença de comportamento no mercado de trabalho são os benefícios. De acordo com Cláudia, esta nova geração tem uma preocupação maior com os diferenciais que impactam na ‘qualidade de vida’. Como por exemplo: planos de saúde, licença pet, gympass e entre outros. Ela afirma que manter o salário dentro da média de mercado, mas investindo em bons benefícios, pode ajudar a diminuir a rotatividade do negócio.
“Gestão humanizada não é passar a mão na cabeça”
Finalizando sua participação no evento, em uma das rodadas de bate-papo consultivo – momento em que os empresários participantes conversam com os painelistas para tirarem dúvidas a partir de situações do seu dia a dia de trabalho – Claudia Malschitzky falou sobre a diferença de ter uma gestão humanizada e uma gestão permissiva.
Na conversa, ela reforça que por mais que o papel de um bom líder seja encantar os colaboradores e ser compreensivo, ainda sim se trata de um ambiente de trabalho e os acordos devem ser cumpridos por ambas as partes. Uma boa gestão humanizada, segundo a especialista, é encontrar o equilíbrio entre a cobrança e a compreensão.